
Graças ao site da CM nós pobres vila-realenses com problemas
graves de iliteracia financeira fomos informados que o concelho tem mais um
daqueles orçamentos que nos recordam que a São é da mesma terra do Centeno e
por isso uma artista orçamental.
«Nesta sequência, o orçamento para 2020 traduz a opção
política em utilizar uma previsão de receita prudente, com estimativas
conservadoras, adotando soluções que permitam assegurar a estabilidade
estrutural das contas do município, reduzindo o prazo médio de pagamentos e
libertando fundos próprios para liquidação da dívida.» [CM VRSA]
Dizemos graças ao site da CM porque nesta terra os cidadãos
são os últimos a saber e quando sabem de alguma coisa sabem-no graças ao Tiinho
e com toda a manipulação oficial da informação. Ao que aprece a oposição, que
tanto se queixa de dar informação, também não gosta de a divulgar, não vá
alguém lembrar-se de ser melhor oposição do que a desgraça de oposição que tempos
nos órgãos autárquicos.
Mas o mais divertido desta notas do nosso assessor Tiinho é
que nunca se esquecem de entrevistar a muito douta autarca. Assim, ficámos a
saber que:
«Para Conceição Cabrita, presidente da Câmara Municipal de
VRSA, «um ano mais, este é um orçamento com um caráter extremamente realista, o
qual se encontra fiscalizado e supervisionado por diversas entidades,
nomeadamente o Fundo de Apoio Municipal (FAM), o qual deu parecer positivo ao
documento, confirmando o rigor e a estratégia de consolidação e recuperação das
contas municipais». [CM VRSA]
Grande São, fala que até parece o Centeno. E ainda
acrescenta:
««O orçamento para o próximo ano continua a conciliar a necessidade
da realização de algum investimento com o esforço suplementar de redução da
dívida. Apesar disso, iremos manter o foco nas funções sociais, saúde,
educação, habitação e ação social, bem como no desenvolvimento económico»,
prossegue Conceição Cabrita.» [CM VRSA]
Ena pá, a senhora fala que nem um primeiro-ministro em tempos
de fartura, vai manter o foco nos apoios sociais que acabaram, vai preocupar-se
com a habitação certamente preocupada como os residentes da Rua de Angola ou
com as vítimas do aumento brutal das rendas e ainda lhe sobre energias para o
desenvolvimento económico.
Alguém acredita nisto? É óbvio que tudo é treta e bazófia. E
alguém ouviu a ilustre oposição com assento nos órgãos autárquicos dizer alguma
coisa sobre o tema? Pois é, não disseram nada, ficaram com os papelinhos só para
eles. Estão bem uns para os outros.