Uma feira é uma feira e tentar transformar uma feira com
séculos numa feira com ar moderno é uma patetice. Uma feira tem barulho, tem
confusão, tem tudo ao monte, todo este “ambiente de feira” não só tem o seu
encanto, como faz parte do marketing dos feirantes, é no meio dessa confusão
algo frenética que melhor vendem.
Mas o nosso senhor presidente tinha de deixar a sua marca de modernização e transformou a Feira da Praia numa espécie de feira de mini Casas Caravela, como se quisesse acabar com o modelo de negócio típico das feiras dando lugar um modelo de Feira ao estilo do de Araújo.
De caminho o Grand House, que a sua equipa tanto atacava,
finalmente livrou-se da feira. Aliás, o Grand House até já deu um uso
oportunista ao edifício mais digno da Av. da República, mas sobre esta questão voltaremos
em breve.
Voltando à Feira da Praia, na versão do Araújo, agora disciplinada
e com muitos restaurantes e negócios novos, para gerar receita municipal, foi
um desastre, os seus clientes tradicionais não gostaram, os comerciantes “berraram”
pelo preço cobrado pelas barraquinhas modernas e foram mal servidos, já que as
quebras de energia se repetiram.
E como o de Araújo não passa sem bailaricos para todos
dançarmos o pimba pimba na cama, nem faltou um palco de música pimba, mas até
isso correu mal ao de Araújo, foi um fiasco.