Já sabíamos que o Álvaro de Viana era um político ecuménico,
era guarda-redes de Futebol de 5 da equipa do Luís Gomes, onde suportava as
boladas na cara como se fosse uma penitência e não esquecemos a defesa que fez
de que a São Cabrita e a responsável da Mão Amiga mereciam uma estátua na Praça
Marquês de Pombal.
Mas se o António Costa defendeu sempre que “à política o que
é da política e à justiça o que é da justiça”, o Álvaro de Viana não parece
respeitar o princípio equivalente de que “à política o que é da política e à
religião o que é da religião”.
Desde logo o homem cuja candidatura foi lançado sob o lema
do número 7, o número do nascimento de Mário Soares, está longe de ser laico
como o seu protetor, que ele na sua apresentação garantia que por mais laico
que tivesse sido estaria no céu a cuidar dele. Logo na campanha plantou a sua
oliveirinha milagrosa cuja primeira azeitona britada foi a sua escassa vitória
eleitoral, que mais do que abençoada por água benta ou mesmo por aguardente,
foi abençoada com chuvadas que ele soube aproveitar para ganhar votos.
Mas parece que a oliveirinha da macumba está longe de o
levar ao pedestal da Santinha da Ladeira e, não vá o diabo tecê-las, parece
apostar na tripla e vai a todas as missas e procissões, não nos surpreenderia se
o víssemos convertido ao islamismo ou budismo para conquistar os votos dos
emigrantes nepaleses ou vê-lo nalguma missa protestante junto de holandeses.
Por agora tornou-se num quase pastor da Igreja Evangélica e
que melhor enquadramento fotográfico poderia ter encontrado o Lima do que ter
atrás do Álvaro de Viana uma Bíblia que nos assegura que “Eu sou o caminho da
verdade”. E que melhor exemplo para o caminho da verdade do que o Álvaro de
Viana?