LARGO DA FORCA
A não ser que esteja em causa a exploração de recursos
naturais, como o caso da indústria de turismo, que condições tem o concelho de
VRSA para atrair investimentos, em particular investimentos que resultem em
empregos qualificados, que possam gerar maior rendimento, quebrando o ciclo de
empobrecimento em que o concelho se encontra desde há alguns anos?
Que questionando de outra forma, que vantagens comparativas
oferece o concelho a quem nele queira investir?
Se esse investimento carece de mão de obra qualificada pode encontrá-la
no concelho? Se pretender deslocar trabalhadores qualificados para o concelho
será fácil a sua instalação e quais os custos que isso envolve?
O concelho oferece áreas de parque industrial onde instalar
uma atividade fabril ou edifícios onde possam ser instalados serviços?
Quais os custos e desvantagens para um investimento em
localizar-se a 50km do hospital e do aeroporto mais próximo?
A não ser que esteja em causa a exploração de um recurso
natural, um investidor estuda alternativas e quando se fala em vantagens
comparativas espera-se que VRSA tenha nestas vantagens argumentos para
convencer um investidor a apostar em VRSA em vez de apostar noutro concelho do
Algarve, ou mesmo do Baixo Alentejo.
Não é por acaso que em mais de uma década não vimos um
investimento que se traduza numa aposta em VRSA e nos últimos anos apenas se
registou a instalação de um call center de uma empresa americana pela mão de um
ex-autarca, que poderia ter apostado em Castro Marim ou Tavira, mas escolheu
VRSA por ser a sua terra.
Não oliveirinha milagrosa ou um qualquer CR7 parolo que possam
fazer milagres, a economia e o desenvolvimento não resultam de mezinhas nem de
vedetas provincianas, é um processo lento, que obriga a apostas que por só
darem frutos a curto prazo não são do agrado de políticos oportunistas.
Mas um concelho como VRSA teria todas as condições para com gente competente e séria inverter esta tendência, que faz deste um dos concelhos com o rendimento médio mais baixos do Algarve.
O que têm feito os governos e autarcas para inverter este
abandono a que tem sido votado este concelho? Esta questão será abordada em
próximos posts.
