A NOVA CLASSE SOCIAL


Um dos maiores indicadores da corrupção que grassa na sociedade portuguesa é o aparecimento de uma espécie de nova classe social. Dantes tínhamos capitalistas e trabalhadores, agora temos também uma classe que consiste naqueles que vivem do Estado através de um esquema de compadrios através do qual conseguem empregos e negócios no Estado.

Não se trata de corrupção no sentido penal do termos, é uma corrupção de valores, uma corrupção ética que apodrece a sociedade e destrói os alicerces da democracia, fazendo tábua rasa da constituição da democracia que tem como princípio basilar o princípio da igualdade entre cidadãos.

Enquanto uns estudam, qualificam-se e procuram sem cunhas e compadrios singra návia, sendo forçados muitas vezes a deslocar-se ou mesmo emigrar, quando não enfrentam situações de emprego, outros contam com o partido para terem emprego ao qual não acederiam se tivesse de ir a concursos transparentes.

Assistimos a isso um pouco por todo o lado e no caso da autarquia de Vila Real de Santo António estamos perante uma situação extrema. O presidente meteu na CM o cunhado com habilitações mínimas nas funções de adjunto, a cunhada entrou já para os quadros, a Célia Paz assegurou um lugar na Odiana num concurso onde aumentaram as vagas para entrar, o neto do Asdrúbal foi para assessor. O Babitão meteu dois amigos com passado profissional questionável como assessores. A filha do Setúbal ganhou à conta do município antes de ir para Lisboa, o pai anda a faturar quase três milhares por mês desde que o Araújo chegou a presidente.

Estes são apenas alguns dos muitos exemplos de uma longa lista de favorecimentos. O que o Álvaro de Viana está a criar à custa do orçamento do município é um exército eleitoral conseguido à custa do progresso da nossa terra.

O que o Álvaro de Viana está fazendo numa tentativa de se eternizar no poder é destruir a democracia usando para isso os recursos financeiros do município. Enquanto muitos vila-realenses passam por dificuldades os familiares, amigos e militantes do Araújo de Viana ou o que decidiram vender-se traindo os seus eleitores, vivem à nossa custa exibindo uma riqueza e estatuto que nuca tiveram nem merecem.