A ESTRATÉGIA DO MEDO

 



Estas respostas do autarca a um comentário na sua página do Município são curiosas, primeiro responde a uma crítica, mas, de seguida decidiu acrescentar um segundo comentário, uma ameaça velada. Não lhe bastou responder precisou de ameaçar, dessa forma não ameaça apenas a autora do comentário, mas todos os que o lerem.

Curiosamente, quando o Araújo estava na oposição ou melhor, quando estava em silêncio enquanto o PS estava na oposição, o Rui Setúbal acusava o executivo de então de usar as queixas em tribunal para silenciar as críticas. Nisto, como em quase tudo, fazem aquilo que acusavam os outros.

Mas vale a pena ler o primeiro comentário, onde faz passar a ideia de que a seleção das pessoas que vão beneficiar das casas serão selecionadas de acordo com os regulamentos.

O problema é que se há critérios e regulamentos porque razão se diz que durante a campanha eleitoral o Araújo prometeu casas e empregos a torto e a direito. A última que ouvimos foi que até prometeu um terreno para a construção de uma casa em Monte Gordo como forma de conseguir uma candidata.

Aliás, o descaramento é tal que o João Reis, chefe da secção local do PS se gabou junto de um amigo que os filhos já estavam inscritos para conseguirem apartamentos nos prédios do CINE FOZ, já conhecidos por muitos vila-realenses, como Prédios do PS.

Mas os vila-realenses sabem muito bem quem já recebeu casa e até há quem ganhe bem no Estado e tenha conseguido um apartamento no Monte Fino, depois de ter vendido o seu próprio apartamento. Toda a gente sabe deste e doutros casos mas ninguém pode aceder aos processos, pois a resposta é sempre a lei da proteção de dados, a mesma lei de cujo abuso o Rui Setúbal se queixava na Assembleia Municipal quando estava na oposição.

Mas será coincidência a cunhada do Araújo ter entrado nos quadros da CM de um dia para o outro e colocada na secção dos apoios sociais? Certamente é para velar pela correta aplicação dos tais regulamentos.

O problema é que o Araújo prometeu o que tinha e o que não tinha, o que podia dar e o que não podia dar, como o tal terreno para a sua apoiante contruir uma casa em Monte Gordo. E são muitos mais os eleitores que se sentirão enganados do que os que lhe terão de agradecer casas ou empregos.