Em Vila Real de Santo António começam a acontecer coisas
alarmantes e já não é de agora. Um apoiante da candidatura independente viu o
seu carro vandalizado com riscos antes das últimas eleições autárquicas. Mais
recentemente sucedeu o mesmo ao carro de uma deputada municipal eleita pelo
PSD.
Mas, o ponto alto destas manobras de intimidação sucedeu na
segunda feira da passada semana, quando um ex-presidente da CM de VRSA chegou a
casa e tinha uma forca no alpendre da entrada. Quem a colocou estava bem
informado dos seus movimentos já que sabia que tinha chegado de viagem nesse
dia de manhã.
Isto não é uma mera ameaça ao estilo do que já estamos
habituados em VRSA onde basta colocar um like no Largo da Força para se ter uma
visita domiciliária noturna por parte do cunhado do presidente da CM. Esta
forca nada tem que ver com uma brincadeira ou com o Largo da Forca de VRSA,
onde nunca existiu uma forca apesar do nome do largo. Trata-se de um sinal que
só pode ser entendido como ameaça.
Infelizmente, não podemos dissociar isto do ambiente de
intimidação, de ódio, de xenofobia, de perseguição, de ameaça e de vingança a
que os vila-realenses têm sido sujeitos desde que esse fulano de Viana chegou a
presidente da CM levado ao colo pelas circunstâncias, por manobras sujas e
falsas promessas.
Há três anos que assistimos a uma campanha para a sua
recandidatura, fez tudo para destruir a candidatura independente, comprou todos
os que estavam à venda, até há quem se tenha vendido a troco de banquetes e
penacho político.
Tenta suprimir qualquer hipótese de candidatura, é tão
fraquinho e tão detestado que parece concorrer sozinho mais o amigo da CDU.
Restava eliminar o Luís Gomes e fez de tudo na comunicação social e não só,
numa tentativa clara de destruir o Luís Gomes. Para isso promoveu uma falsa
auditoria que mandou para a comunicação social com a ajuda de um assessor de
comunicação social que só para isso e pouco mais ganha mais do que um ministro.
Agora que tanto se fala do regresso de um possível regresso
do Luís Gomes e goradas as tentativas de o tramar na justiça, sucede algo de
tão grave como o que pode ser entendido como uma de morte. A pergunta é óbvia:
quem tem a ganhar com a morte do ex-presidente da CM e um possível adversário
vencedor nas próximas eleições.?
Não nos cabe a nós investigar e tirar conclusões, mas é-nos
difícil dissociar esta ameaça do ambiente de grande crispação, que tem vindo a
agravar-se e que não se pode dissociar da opinião de cada vez mais
vila-realenses que dizem que qualquer candidato derrotará o fulano de Viana.
Estamos lidando com gente sem princípios, gente que baixa ao
nível de se cuspir para o chão quando passa uma senhora de outra candidatura
autárquica, gente que se afirmam grandes democratas em público, exibindo cravos
no peito, mas que em privado não passa de uns filhos da dita cuja.