CINE FOZ: QUANDO SE PÕE O CARRO À FRENTE DOS BOIS

 

 

Alguns moradores da zona do Cine Foz enviaram-nos esta mensagem:

« Perante a forte contestação dos moradores da zona do Cine Foz aos contornos menos claros deste negócio entre a Câmara Municipal e o Grupo Ferreira a obra arrancou, sem que o projeto tenha sido apreciado junto do IHRU e sem qualquer certeza sobre a vinda dos fundos do PRR que permitam à Câmara a aquisição das tão anunciadas casas.

Sem certezas por que razão se avançou com a obra?»


Como diz o povo cadelas apressadas parem cães cegos” e estamos desconfiados que é o pode vir a suceder com esta obra com que o Araújo julga que se escapa a uma derrota nas próximas autárquicas.

As construções nos terrenos do antigo Cine Foz dizem muito sobre os métodos de trabalho do executivo da CM, tudo feito em segredo, de um dia para o outro aprova-se sem qualquer informação adiciona e de um dia para o outro começam as obras.

Tudo feito de forma manhosa, desde a forma de divulgação a uma empresa com um capital de 100€ que ganha a adjudicação. Imediatamente é concedida uma isenção total das taxas municipais, ainda que, entretanto, se tenha aprovado que metade das casas serão colocadas no mercado pela própria empresa.



Entretanto, sabe-se que não é certo que o projeto venha a ser financiado pelo PRR, já que a própria responsável do IHRU que esteve na sessão de esclarecimento afirmou que ainda não tinha sido aprovado. Sabemos que este projeto já mereceu a atenção do governo, ao nível de ministro e que, como o próprio Araújo anunciou sem justificar, já suscitou uma reunião, que terá contado com o ministro, o IHRU e «o Araújo assessorado pela sua chefe de gabinete.

Como explicar uma isenção total, incluindo a parte que não terá financiamento do PRR para a compra? Porque razão em vez da isenção como o Araújo preferiu, não se considerou as taxas na avaliação dos apartamento a adquirir com financiamento do PRR.

Quanto à transparência da aquisição há indícios muito preocupantes. Por exemplo, quando se decide a construção de apartamentos de tipologia T5 é porque se sabe a que famílias serão entregues, já que ninguém com recursos compra apartamentos de tal dimensão em VRSA. Como se isso não bastasse o João Reis, líder marioneta do PS local já se gaba de que os seus filhos se inscreveram para os partamentos. Não é difícil de adivinhar o que vai suceder.


As obras tiveram um início apressado, quase de um dia para o outro e algumas intervenções feitas muito antes. Todavia, não se afixam quaisquer cartazes com informação relativa ao projeto, como se tudo tivesse de ser secreto.

Por outro lado, derruba-se tudo o que se encontra, sem qualquer preocupação ou acompanhamento arqueológico, que não sendo obrigatório seria aconselhável, já que ali se encontram estruturas importantes para a história da indústria de VRSA.