Este verso de Luís de Camões encaixa como uma luva no
presidente da CM de VRSA, falta de autoridade por todo o lado, um executivo
onde cada um faz que trabalha para o seu lado e um dos vereadores até já está
mais preocupado com a sua campanha em Castro Marim do que com as suas
obrigações na CM de VRSA.
Há muito que o Araújo nada faz cumprir e no caso da ocupação
do espaço público entregou a sua gestão ao cunhado cuja atuação, segundo consta
por todo o lado é mais do que duvidosa. Na verdade, a gestão do Município é
assente na compra de votos, se votas no Araújo levas tudo, se não votas ou
ousas criticá-lo és perseguido.
Se alguém tem um restaurante e se manifesta numa Assembleia
Municipal no dia seguinte leva com uma fiscalização à esplanada. Isso aconteceu
já por mais de uma vez e, pasmem-se, no caso de um restaurante de VRSA quem
conduziu a fiscalização foi a enfermeira. Outro exemplo aconteceu na
urbanização Rias Parque, no dia seguinte aos seus residentes se terem
manifestado numa AM foram alvo de uma vaga de multas de estacionamento,
aplicadas pela PSP, já que alguém lhes encomendou o serviço.
Inundou os espaços públicos do concelho, especial os que têm
localização mais privilegiada de Monte Gordo, de venda ambulante, transformou o
concelho de Vila Real de Santo António numa espécie de Feira do Relógio. Muita
gente que paga todos os impostos vê os acessos às lojas dominado por comércio
ambulante.
O que se passa em Monte Gordo é uma vergonha, mas quem
persegue o Araújo? Os comerciantes estabelecidos, que pagam todos os impostos e
cujos empregados estão legais. Logo que tomou posse prometeu num vídeo que iria
fazer uma campanha pedagógica, mas nunca o fez, a sua pedagogia é a da moca
para quem o critica e quase apostamos que esta ação de fiscalização em Monte
Gordo foi com uma grande probabilidade uma vingança.
Mas para aqueles cujos votos quer comprar a regra é ocupem o
espaço onde quiserem, até mesmo encostados a hotéis de referência, pior, se for
necessário até inventam novos espaços. Ainda recentemente recuperaram um
caminho para a praia junto ao Duna Mar, no dia seguinte todos percebemos que o
que os preocupava não era o acesso à praia, mas sim a criação de mais uns
quantos lugares para venda ambulante, no dia seguinte à conclusão da obra já lá
estavam instalados.
Um bom exemplo aconteceu na Manta Rota. Cedeu mais um lugar
a um dos seus vendedores ambulantes, mas o homem não gostou do lugar quando
reparou que em vez de passarem junto à banca preferiam o outro lado do passeio.
O comerciante reclamou e logo de seguida foi autorizado a mudar-se para o outro
lado. Mas havia um “pequeno” problema, no local pretendido pelo vendedor
ambulante existia um banco que estava fixado com cimento. Nada que o Araújo não
tenha resolvido na hora, mandou retirar o banco, os turistas se quiserem
descansar que se sentem no chão!
Agora tenta juntar o útil ao agradável e faz uma ação
punitiva para publicitar a sua autoridade no Facebook, como já tinha sucedido
no primeiro 1.º de Maio do seu mandato, invocou o regulamento e mandou fechar
as lojas que estavam abertas, recorrendo às multas.
Se o critério fosse uniforme e desde a primeira hora para
todo o concelho, se o dossier estivesse a ser gerido por alguém isento e
competente e, já agora, por um funcionário honesto da CM, seriámos os primeiros
a aplaudir. Assim, desconfiamos que por detrás deste arremesso de autoridade do
autarca fraco esteja a perseguição, o que já é costume no concelho.
O que ninguém entende é a razão que leva a que nada se tenha
feito desde a época baixa em todo o concelho, impedindo a generalização dos
abusos e agora, quase no final de agosto é que se lembraram do problema.