CARTA ABERTA AOS MILITANTES DO PS DE VRSA



Sabemos como foi montada a candidatura do Álvaro Araújo, em segredo e com os jogos do Rui Setúbal, assim como sabemos que muitos militantes não o apoiaram, nem se envolveram na campanha. Alguns foram seduzidos pelos resultados, mas uma boa parte deles já perceberam que o Araújo não é competente e muito menos socialista.

Aliás, o próprio Araújo anda tão inseguro que na última comissão política meteu vários membros que “comprou” e ainda a já famosa, omnipresente e poderosa enfermeira, que nas eleições anteriores estava nas listas do PSD e que antes das últimas autárquicas chegou a oferecer-se ao PSD de Castro Marim.

Mas o que nos preocupa não são os critérios de escolha dos membros da comissão política deste ou daquele partido, no caso do PS onde tenho muito amigos, onde fui grande amigo de um dos seus fundadores e em cujas campanha nacionais cheguei a colaborar ao mais alto nível. É o fato de em VRSA o CHEGA estar à sua esquerda, evidenciando valores que a equipa do Araújo não tem.

A compra de adversários é um dos processos mais vergonhosos em democracia, ainda me recordo da forma com o Rui Setúbal se “escandalizava” com a mudança de um vereador eleito pelo PCP. EM política isso é um nojo, como o é o ambiente de medo instalado no concelho pelo Araújo e a sua equipa íntima.

De que PS era a enfermeira, o Horta, o cunhado e outras personagens deste regime autocrático? O cunhado, a quem deram a alcunha do Xerife, é useiro e vezeiro, chegando à pouca vergonha de fazer visitas domiciliárias noturnas a pedir explicações a quem “ousou” colocar um mero like no Largo da Forca.

O mesmo Largo da Forca de que o Rui Setúbal, a Célia Paz e o pateta do Nuno Mob se gabavam numa reunião do PS de VRSA de serem os seus autores. O mesmo Largo da Forca de que o Rui Setúbal se gabava nas reuniões do PS em Faro de ser um case study. O mesmo Largo da Forca a que o Araújo se referia justificando nada fazer na oposição, quando questionado por um amigo, que “estava a fazer o trabalho”.

A verdade é que aqui sempre foi recusado o apoio ao Álvaro Araújo. Quando o conhecemos ficámos logo com a opinião de que seria um incompetente ambicioso e com fracos recursos intelectuais. E sabíamos do seu trabalho no IEFP e do que fez na Mão Amiga.

O presente confirmou tudo o que pensámos dele e ainda mostrou um político narcisista e perverso nos seus métodos. Um autocrata que se sente bem com o cunhado, um artista que metia likes no André Ventura, ameaçando as pessoas, um político que parece sentir-se bem num ambiente de incompetência, oportunismo, autoritarismo, vingança e ameaça.

Infelizmente as máquinas partidárias já não representam valores e os seus militantes, mesmo os que gostam de exibir cravos vermelhos olham para a política como uma disputa de clubes de futebol, onde ninguém se importa de ganhar com grandes penalidades que não existiram.

Mas desenganem-se e se olharem bem para a história da vida política de VRSA repararão que forças políticas que chegaram a ser importantes hoje estão esquecidas, como o MDP/CDU, a FEC ML ou a UDP. Que o PCP, que chegou a ganhar a CM com maiorias absolutas caminha para a extinção e a perda de dignidade ao colar-se ao Araújo pode levar ao seu desaparecimento.

Basta olhar para os resultados das legislativas e das europeias para se perceber a tendência para a perda da importância que teve e com os métodos fascistas a que tem recorrido nos últimos tempos, arrisca-se a seguir os passos da CDU. Basta ouvir a voz dos vila-realenses.

Quanto ao Largo da Forca, que nasceu para ajudar a construir uma alternativa será oposição a uma equipa com tiques fascistas e tudo fará para destruir politicamente alguém por quem não temos a mais pequena consideração pessoal, intelectual ou política e cuja derrota consideramos ser um bem para a democracia. Porque qualquer candidato será melhor do que este senhor.