LARGO DA FORCA
Parece que sempre que o presidente da CM está atrapalhado
chama a Arenilha TV, já sucedeu aquando da reportagem da TVI sobre o negócio
duvidoso dos prédios da Rua de Angola, volta a suceder agora, com a
queixa-crime apresentada em relação ao Cine Foz.
As manobras são as mesmas, tentar resolver o problema
através de propaganda e entrevistas em que até trata o entrevistador por tu e
onde se percebe que nenhuma pergunta o surpreendeu. A lição está bem estudada.
A TVI pretendeu entrevistá-lo, mas gato escaldado de água quente
tem medo, e todos nos lembramos das asneiras que disse na outra entrevista.
Desta vez preferiu estudar as respostas e chamar o entrevistador do costume,
por coincidência um entrevistador que tem prestado serviços pagos a este
executivo. Não estando em causa a dignidade do entrevistador, esta situação
leva a alguma perda de confiança.
Só que o presidente da CM se limitou a misturar momentos de
comício com falsas respostas, chegando mesmo a mentir. Foi o que sucedeu com a
vistoria que anunciou numa sessão de CM com o argumento de que haveriam indícios
de que estavam a realizar obras para as quais o construtor não tem licença, mas
que no comunicado da CM e agora na entrevista, diz que, afinal, era por receios
de danos numa habitação em consequência daquilo a que designa por obras de
contenção periféricas.
É também neste capítulo que falta à verdade, aquilo que está
a ser feito já não são obras de contenção periférica, são mesmo obras de
construção que não estão licenciadas. Mas ainda bem que o presidente reafirma
que são obras de contenção periférica, ainda que todos os residentes percebam
que depois das queixas as obras desaceleraram.
Mas entrevistas, comícios, posts e comunicados de nada
serve, neste tipo de inquéritos o MP investiga e não vai em manobras ou em
palhaçadas políticas como a ida a Lisboa entregar um suposto processo na PGR.
Iremos desmontar esta entrevista resposta a resposta, com a
reprodução das declarações, pois o presidente da CM diz algumas asneiras, para
além de incongruências, respondendo a alhos com bugalhos.
