QUEM CABRITOS VENDE E CABRAS NÃO TEM, DE ALGUM LADO LHES VEM

 


Quando alguém exibe riqueza sem qualquer explicação o povo costuma dizer que “Quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vem”. E é mesmo assim, ainda que alguns expliquem a compra de um carro de luxo com uma ajuda da avó, com as alfarrobas de um familiar ou mesmo com um bilhete de lotaria.

De onde vem tanto dinheiro que tem vindo a exibir o PS de Álvaro Araújo?

Há poucos tempos alguém do PS local dizia-nos que os militantes que pagam as quotas são cerca de vinte e todos sabemos que este partido nem sequer tem sede. Se recuarmos às campanhas eleitorais anteriores à chegada deste mago dos dinheiros, vemos campanhas pobres, com dinheiro para poupa propaganda, uma realidade comum a muitas autarquias deste país.

Mas como explica o Araújo o fato de ter feito uma campanha onde gastou mais dinheiro do que alguns candidatos presidenciais, enchendo o concelho com dezenas de outdoors ao longo de quase um ano? Terá sido financiado com a alfarroba do sogro? Não acreditamos em tanta generosidade e investimento familiar na política.

Também não acreditamos que tenha sido o PS distrital pois por aí o dinheiro também não abunda e se assim fosse porque investiram tanto no Araújo e quase nada na candidata autárquica do PS em Castro Marim?

O dinheiro é tanto que bastou a apresentação de um livro por um ex-presidente para terem desencadeado de um dia para o outro mais uma megacampanha com outdoors. De onde vem tanto dinheiro, quem está tão apostado em eleger e manter o Araújo no cargo.

Não sejamos ingénuos, em matérias de financiamentos partidários não há almoços grátis e quando vemos um político tão abonado teremos de desconfiar de onde lhe vem o financiamento fácil.

E a experiência dos partidos portugueses em matéria de financiamento é impossível não procurar uma relação entre tanta fartura entre os bons negócios que são realizados à sombra deste autarca. E, como tem sido notícia, alguns destes negócios envolvem lucros inexplicáveis para fundos imobiliários ou grandes empreendimentos que parece estarem dispensados de respeitar a lei.