Já não percebemos nada desta obra do Cine Foz, estava a
andar a toda a velocidade e com uma licença de retenção de terras quase
chegavam a contruir metade da urbanização, enquanto o presidente e
vice-presidente asseguravam que eram mesmo obras de retenção.
E quando ninguém esperava o presidente da CM anunciou numa
reunião de câmara, com uma voz que parecia ter engolido uma bola de basquetebol,
que no dia seguinte iriam fazer uma fiscalização. Ter-hão dito que a empresa
estava a fazer coisas para além da licença.
É óbvio que tanto o presidente, como o vice-presidente
sabiam o que se passava, não só sabiam como deram cobertura aos abusos e
ilegalidade, como se depreende das declarações feitas nas reuniões. E avisados
como estavam corriam um sério risco de serem formalmente acuados do crime de
denegação de justiça.
Alguém lhes deve ter explicado isto ou ter-lhe-á chegado
algum lamiré e eis que o presidente da CM anunciou uma fiscalização. Ainda esta
não tinha chegado e a obra já tinha parado e assim continua, enquanto os
fiscais transformam o capot do carro em secretária. Estarão a passar alguma
multa.
Se o presidente pensou silenciar este processo com sessões
públicas e mensagens de WhatsApp enganou-se, tudo nos leva a pensar que a bola
de neve já se começou a mover.
Não é com esta fiscalização que abafa o mau cheio deste
processo, nem com uma multa, nem com um bidon do melhor perfume da Cartier.
Veremos como isto vai acabar porque o presidente da CM com tantas asneiras parece
estar mais enrolado do que um choco com este processo mais do que duvidoso.