A procura dos eventos do Araújo tem sido tal que Monte Gordo
já não tem espaço para tanta gente, os hotéis estão cheios, os alojamentos estão
totalmente ocupados, é tão difícil estacionar que parece que estamos em Agosto.
Compreende-se, portanto, que em vez de dois dias o Araújo
tenha decidido esbanjar dinheiro a rodos para responder à oferta, Monte Gordo
transformou-se na capital da passagem do ano.
Vendem-se barris de cerveja, as esplanadas do calçadão estão
superlotadas, os empresários e hoteleiros estão radiantes com tanta clientela,
graças aos quatro dias de festa tiveram uma semana de verão para lhes atamancar
as contas.
Tudo bem organizados os bombeiros até dispensaram Castro Marim
e agora só são de VRSA, filas para comprar farturas, gente cheia do calor de
uma cálida noite algarvia emborca imperial atrás de imperial, entre a geada
quentinha e a brisa quente de sudoesta mais o abanar dos corpos ao som das músicas
do Karussa e do Catarino, não há como refrescar os corpos.
O sucesso tem sido tanto que até se faz sentir em Vila Real
de Santo António, até a ESSE está radiante com a súbita receita extra das taxas
de estacionamento. O dinheiro foi bem gasto, os artistas foram bem escolhidos, três
deles até foram autoescolhidos, o dinheiro jorra pelos seus bolsos.
Tudo isso ao brilhantismo intelectual do Araújo, que bem
merece dois ecrãs gigantes a rodar permanentemente as suas próprias fotos, de
quem haveriam de ser!
O Araújo nunca pensou ser tão competente e ter tanto sucesso
nos seus eventos comiceiros, em vez de “VRSA” vai mudar, o seu slogan deveria
ter sido “make VRSA great again”. Força Araújo, pelo que dizias VRSA estava à
beira do abismo e só tua poderias salvá-la, pois conseguiste VRSA não deu um
passo à frente, deu mais de meia dúzia.