A [DES]LEALDADE E A [IN]VERDADE



Há gente mais competente e menos competente ou mesmo incompetente, há gente mais capaz ou menos capaz, mais rigorosa ou menos rigorosa, enfim são muitas as qualidades que podem ter vários níveis de graduação e que se prendem com as competências e aptidões pessoais. As pessoas podem ser mais ou menos capazes para o exercício de determinados cargos em função das aptidões e formações adquiridas ou das características pessoais.

Ainda ontem a autarquia emitiu um comunicado onde a autarca fala de “dívida acumulada e dívida herdada”, isto é, a dívida que ela acumulou e a dívida que ela herdou dos seus antecessores. Ainda recentemente a propósito do relatório da IGF sobre o PAEL a autarca não hesitou em fazer uma declaração de voto na reunião do executivo camarário, onde não hesita em “enterrar” aquele que foi o seu progenitor político e em relação a quem não se cansou de fazer declarações de lealdade e admiração.

Pela forma como a atual presidente da autarquia se relaciona com o seu passado como vereadora e vice-presidente nas equipas de Luís Gomes não faltarão as pessoas que poderão questionar os seus valores. Quando a herança tem traços positivos a autarca não hesita em falar na equipa. Ainda ontem, num direto via Skype, transmitido na RTP2, num programa dedicado às mobilidade, a autarca não hesitou em referir que “desde 2007 a nossa equipa”. Mas quando a herança é incómoda, demarca-se logo no passado e invoca o seu estatuto de mera vereadora que não contaria para nada.

Há políticos para quem os valores éticos pouco contam  e é provavelmente por isso que a presidente da autarquia tem mentido repetidamente em relação ao que sucede na marginal destruída em Monte Gordo. As obras já estiveram agendadas para várias datas imaginárias e agora o que varia é a data da conclusão, que já foi prevista até agosto e agora é até ao fim do ano.

É caso para perguntar se você emprestava um carro à presidente da autarquia.