O PRINCÍPIO DO FIM



Olhando para os resultados parece ser difícil dizer que este ou aquele partido ganhou as eleições e extrair daí uma conclusão ao nível autárquico, as oscilações do PCP e do PS não justificam grandes conclusões, até porque  em termos absolutos todos perderam votos. O mesmo não se pode dizer de uma descida da casa dos 19% para a casa dos 12%, isto não é uma pequena variação, é muito provavelmente uma das maiores perdas eleitorais do PSD à escala nacional, um resultado que deverá envergonhar os responsáveis locais daquele partido, em especial o Luís Gomes, a São Cabrita e o Carlos Barros.

Em termos percentuais o PSD perde um quarto do seu peso eleitoral e é o partido que tem a maior perda de votos. O PSD desceu a níveis históricos, o que até há pouco tempo seria impensável, sendo  impossível dissociar este resultado daquilo a que temos assistido na autarquia. É impossível que as estruturas regionais e nacionais do PSD não se questionam sobre o que de anormal se terá passado em VRSA. A São Cabrita sabe que este resultado eleitoral é o princípio do fim da sua carreira política.

Daqui até às autárquicas o concelho só vai ouvir más notícias pois a situação financeira do concelho não é bem mais grave do que a autarca quer fazer crer. À medida que a dívida oculta for vendo a luz do dia os cenários financeiros agravam-se sucessivamente e resta esperar que daqui a dois anos o FAM não venha defender uma segunda revisão do PAM. Há muito mais dívida oculta e à medida que os processos judiciais sejam concluídos ou que as golpadas contabilísticas se esgotem, a dívida vai crescer.

Dificilmente a autarca conseguirá respirar e nem o pobre do contabilista de Borba a vai ajudar a encontrar recursos financeiros para tapar os buracos, que são muito mais e maiores do que os da EN125, contra os quais a senhora tanto se manifestou. Os eleitores estão a abandonar a São, há sintomas de descontentamento entre os apoiantes mais próximos, começa a haver descrédito na sua equipa. A sua queda é imparável a a única dúvida que subsiste é se a senhora aguenta os dois anos que falta, se cai antes ou se sai por sua iniciativa.

A autarquia está à beira da insolvência, situação que se agravará quando as contas da SGU vierem a público. Os autarcas já não têm dinheiro para alimentar as suas clientelas e a cada da que passa sucedem-se as más notícias, como é o encerramento das piscinas municipais, algo insólito no país. A autarquia já não tem dinheiro para serviços mínimos e a autarca insistem em manter os seus avençados. A cada dia que passa a desgraça é cada vez maior e os resultados das europeias mostram claramente o que vai suceder nas próximas autárquicas. A São já morreu politicamente, resta agora esperar pela data das cerimónias fúnebres de uma liderança incompetente e incapaz.