ATÉ TU FAUSTINO?



Apesar de várias insistências por parte de vereadores da oposição a presidente da autarquia recusou-se a discutir o relatório da IGF na última reunião do executivo camarário. Disse que se limitava a entregar o relatório, dizendo por mais de uma vez que estando o relatório entregue ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas estava ao abrigo do segredo de justiça.

Usou esse argumento e em sua defesa até sugeriu que ouvissem os juristas da autarquia, chegando mesmo a falar de um inquérito por parte do MP. É óbvio que a autarca recorreu a uma mentira para evitar responder perante as acusações de grande gravidade que os auditores fazem à gestão da equipa de que até há pouco tempo ela dizia ter orgulho de nela ter participado.

A mentira tem perna curta, aliás, na autarquia de Vila Real de Santo António as mentiras são pernetas, e na reunião da Assembleia Municipal a autarca já não s escudou no falso segredo de justiça, o argumento idiota com que se escapou na sessão do executivo camarário. Percebeu que estando a ser queimada em conjunto com o seu velho padrinho político, o melhor era recorrer ao salve-se quem puder e foi o que fez.

Ao que parece os dois manos mandaram a lealdade às urtigas, um fez da reunião uma reedição do “Perdoa-me”, a mana enterrou o senhor engenheiro Luís Soromenho Gomes com uma declaração de voto que vail Para escapar ao debate na reunião do executivo camarário o relatório estava em segredo de justiça, mas para queimar o Luís Gomes lá se acabaram com os segredos de um dia para o outro. De um dia para o outro perceberam que o Luís Gomes é mesmo tóxico e que com este relatório pode muito bem cair em desgraça, podendo mesmo desencadear uma tempestade na autarquia, com tantos processos questionáveis que existem nos seus arquivos.

O mano não esperou para apontar o dedo aos salta pocinhas, aos que se bandearam de um lado para o outro, um sinal dói que aí vem. EM matéria de salta pocinhas não falta gente que neste momento está muito nervosa e com receio dos fantasmas do passado, o mano nem precisa de ir muito longe, encontra gente que se bandeou tanto na equipa de vereadores da mana, até na sua bancada encontra com facilidade quem tenha sido apoiante fiel do António Murta.

Vivemos um tempo de ratazanas, o bicharoco que costuma ser o primeiro a abandonar o navio. Já se sentiu um grande silêncio ali para os lados da Avenida, longe vão os tempos dos bolos de aniversários e do elogio do poder. Ninguém parece querer estar do lado do Luís Gomes, até uma conhecida personagem local, que depois de ter falido se bandeou para o lado do Luís Gomes, que o empregou na SGU, onde tem ganho muito acima da média dos vila-realenses, aproveitou o final da AM para uma declaração política de apoio à presidente da autarquia, gesto que se compreende pois em tempo de liquidação da SGU corre um sério risco de ir para o desemprego.

O que sentirá o cantou ao ser informado de que os seus mais fiéis e leais escudeiros se estão a bandear para outro lado, deixando-o sozinho e abandonado, como se tivesse lepra? Será que vai dizer como o fez em tempos, que é uma hora de estar em silêncio ou vai mobilizar apoiantes e amigos para mais um jantar no Sem Espinhas? Talvez o jantar fosse uma boa ideia, e até sugerimos que o organizador seja o tal empresário falido que ele ajudou tanto durante todos estes anos.