NÃO HÁ TRÊS (MENTIRAS) SEM QUATRO (MENTIRAS)




As intervenções da presidente da CM sobre o que fez, o que terá sido impedida de fazer, o que pretende ou quando pretende fazer e o que vai mesmo fazer, tem sido um verdadeiro chorrilho de mentiras e omissões. Omite, por exemplo sobre o motivo que levou à interrupção das obras no ano passado, omite a razão que a leva a demolir tudo o que fez, tem mentido repetidamente em relação à data de início das obras. Mentiu quando disse que começariam em março, voltou a mentir quando prometeu que começariam em Abril e como não há duas sem três voltou a mentir quando garantiu que começariam em meados de maio.

MAS depôs de termos ouvido as declarações da presidente da autarquia na reunião do executivo no passado dia 30 de abril, ficamos sem saber quando é que as obras vão começar, quanto tempo demorarão ou quando terminarão. A presidente mete os dedos pelas mãos, baralha-se e em maio não sabemos se vão haver obras antes do verão ou durante quanto tempo haverão obras. Isto revela desorientação e uma total incapacidade de planear uma obra. Estando em causa uma das principais parais do país e a atividade de tantas empresas esta desorientação revela uma total inaptidão para o cargo.

Agora que sabemos que a autarca já vai em quatro mentiras quanto à data do início das obras, percebe-se que a situação é ainda mais grave, podendo mesmo agravar-se ainda mais, bastando para tal que surja um imprevisto que obrigue a autarquia a gastar mais do que conseguiu no Fundo do Jogo. Basta qualquer imprevisto que obrigue a uma despesa maior para que tudo possa ficar empechado.

Basta ouvir o podcast daquela reunião, para se perceber que as intervenções da autarca que reproduzimos abaixo, revela que não sabe muito bem de nada. Não sabe dizer quando começam as obras se são interrompidas durante o mês de agosto e muito menos quando acabam. Sabe apenas que demorarão quatro meses e mesmo assim chega a declarar "espero que se consigamos terminar o máximo possível até agosto". Terminar o quê? Só se for a adjudicação...

Pelo meio quem ouve a senhora fica a pensar que quem destruiu aquela zona terá sido o alcaide de Isla Cristina e depois de com a sua incompetência, e irresponsabilidade, o que provocou um prejuízo ao orçamento do Município na ordem dos 800.000 € ainda se queixa de ser atacada "por não termos feito nada pelos jardins de Monte Gordo". Está enganada, não é atacada, é fortemente criticada e responsabilizada, até achamos que a sua responsabilização pode ir muito além da responsabilização política.

Estamos de acordo com a São, é mentira que nada tenha feito pelos jardins de Monte Gordo, infelizmente fez e não foi pouco, destruiu-os, promoveu e pagou construções ilegais, autorizou indevidamente o início da construção de restaurantes e só parou quando a terão mandado parar. Com tudo isto gastou dinheiro, destruiu a marginal e fez desaparecer os jardins. É pena que não tivesse feito nada pelos jardins, aliás, achamos que nestes 13 anos de autarca esta senhora e os seus pares nunca deveriam ter feito nada.

PS: uma pergunta ao mano da senhora: quem é mentiroso(a)?

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Intervenção da "agora é São" na reunião de 30 de abril:

«Relativamente a esta questão dos jardins como ontem já foi falado .. eu vou responder por escrito mas a questão ontem foi falada, houve aqui um erro no procedimento, houve aqui um erro no caderno de encargos e, portanto, faltavam peças ainda no caderno de encargos, peças concursais e teve que se reformular o projeto, teve que ser reformulado também este caderno de encargos e ontem, sim, é que seguiu para convite a três. Tivemos de fazer duas empreitadas, este dinheiro é tudo com base no fundo de jogo, ou seja é utilizado o Fundo de Jogo à volta de 300.000€, a partir do Turismo de Portugal que nos é facultado e, portanto, este dinheiro vai ser todo empregue na requalificação dos jardins e na frente de Monte Gordo.
(…)
Perante o tempo que decorreu, isto é um convite a três demora menos tempo vai demorar muito menos do que se fosse um concurso público, portanto podíamos apontar para mais um verão sem obra e começar em outubro, para ir tudo de seguida.  No entanto, eu acho que temos de começar já para que no verão já tenhamos outra imagem ali na … de Monte Gordo. Nunca se sabe, está apontado para 4 meses, podendo ser interrompida em agosto, devido à afluência de pessoas. De qualquer modo vamos tentar o mais rapidamente, isso agora já não depende de nós, depende das empresas que ali estiverem, haverá fiscalização nossa e, portanto, tudo dependerá de nós, mais uma vez digo-vos que é com muita pena, mais minha porque sei que sou atacada e somos atacados este executivo por não fazermos nada pelos jardins de Monte Gordo e não é este o fato e, portanto, começar em outubro seria mais um verão sem ter ali nada de novo. Portanto, alguma coisa vai ser vista, vai ser vista e de certeza que vai mudar ali muito os jardins, vamos dar novamente a dignidade que esses jardins merecem e, portanto, a frente ribeirinha, a frente de mar … não, a frente ribeirinha a frente de praia irá ficar com outra dignidade. Espero que se consigamos terminar o máximo possível até agosto. Se tivermos de parar no mês de agosto pois retomamos as obras em Setembro, em início de setembro. Pronto.» [Podcast]