Se há coisa em que o nosso Araújo é profícuo, além da
incompetência, é em fazer promessas. Enganou os eleitores com um programa eleitoral
cheio de mentiras, mas como eram poucas foi inventando nas entrevistas À Rádio
Guadiana. Mas não parou com as suas mentiras, mesmo depois de eleito prometeu
uma aldeia dos pombos em Monte Gordo, uma escola de calafates em VRSA,
passadeiras na rotunda de Cacela e muitas outras.
De todas elas o Araújo disse que cumpriu duas, a famosa
auditoria e o anunciado fim do estacionamento tarifado. Quanto ao fim do
estacionamento tarifado já todos percebemos que foi uma mentira indecente.
Quanto à famosa auditoria o que fez nada tem de auditoria, ainda que a tenha
anunciado em conferência de imprensa.
O que o Rui Setúbal fez e o Araújo apresentou numa
conferência de imprensa, nada teve com as propostas de auditorias forenses que
o PS fez no tempo da São. Nem foi uma auditoria, nem foi forense.
O que o Rui Setúbal fez foi investigar determinados
processos e não segundo regras de auditoria. EM vez disso fez uma espécie de
investigação criminal privada, em busca de indícios de crimes para tentar
envolver um anterior autarca na justiça. Não admira que depois de anunciar os
resultados o Araújo tenha falado tantas vezes em justiça.
Até hoje os vila-realenses não tiveram o direito de ler o
relatório dessa auditoria. Muito simplesmente porque se tal relatório existe
nada tem que ver com uma auditoria. Porque uma auditoria tem de ser feita por
um auditor certificado e não por um modesto contabilista quase sem
habilitações. Porque uma auditoria obedece a regras e princípios e porque uma
auditoria segue procedimentos que nesta investigação privada do Setúbal não
existiram.
Aquilo a que o Araújo refe como auditoria não passou de uma
caça às bruxas, sem regras, sem princípios e sem ser conduzida por alguém
competente, certificado e isento. Assim sendo estamos perante uma fraude e é de
uma fraude técnica que se trata a única promessa supostamente cumprida.
Por tudo isto desafiamos o Araújo e o Rui Setúbal a divulgar
o relatório da suposta auditoria, porque passado tanto tempo os vila-realenses
têm direito à verdade.