AUDITORIA OU FRAUDE POLÍTICA?



Uma auditoria tem princípios para que possa ser considerada como tal:

Auditor independente:

Deve ser conduzida por uma entidade independente: no caso da suposta auditoria do Araújo foi conduzida pelo Rui Setúbal que não tem nada de independente.

O auditor deve ser competente:

Não é qualquer pessoa que pode conduzir uma auditoria. Tem de ter competências e habilitações para isso. O Rui Setúbal não tem competências para fazer auditorias, não passa de um contabilista à moda antiga, sem grandes habilitações.

Uma auditoria tem cr itérios

Uma auditoria não visa este ou aquele processo, senão é uma investigação a esses processos. Em regra, um relatório de uma auditoria obedece a critérios de amostragem. No caso da “auditoria” parece ter sido dirigida a processos que ele já conhecia antes de estar na CM e onde esperava encontrar matéria que poderia usar contra o Eng. Luís Gomes.

Muito antes das eleições o Rui Setúbal gabava-se junto de amigos que a sua ambição era apenas chafurdar nos arquivos. Acabou por o fazer, e ainda por cima recebendo muitos milhares de euros para o fazer.

Uma auditoria respeita o princípio do contraditório:

Um auditor começa por elaborar um relatório inicial que deve ser submetido a todos os que sejam visados nas suas conclusões, para que exerçam o direito ao contraditório. No caso da “auditoria” do Rui Setúbal nenhum visado teve conhecimento da mesma e, mais grave do que isso, souberam que eram visados numa conferência de imprensa que visou atirar “caca para a ventoinha”, isto é, conseguir desencadear um processo de suspeição na comunicação socia, como se viu depois.

Um relatório de uma auditoria tem uma forma definida de divulgação:

Sempre que alguém é visado numa auditoria tem direito a receber o relatório, o que não sucedeu na famosa “auditoria” do Rui Setúbal. Pior do que isso, antes de ser supostamente divulgado na conferência de imprensa, já tinham sido chamados à CM dois jornalistas a quem foi dada informação na esperança de iniciarem notícias contra o Eng. Luís Gomes. Foram dadas supostas informações obtidas durante a auditoria a esses dois jornalistas.

Conclusão:

Aquilo que o Rui Setúbal fez, recebendo uma acessória bem paga nada tem que ver com uma auditoria. Não passou de uma manobra política suja que visava eliminar adversários políticos.

Por que razão em vez de serem divulgados os resultados da suposta auditoria estes foram usados junto da comunicação social para plantar notícias na comunicação social? Por que razão o Araújo não divulga o relatório da auditoria?

Na imagem o Araújo exibe documentos, como se os mesmos comprovassem aquilo que declarava na conferência de imprensa. Mas se o relatório tinha tantas provas, porque não o tornou público?