A ESPERANÇA É NOSSA, NÃO É DELES!




Com o aparecimento do Largo da Forca, as águas paradas e fétidas do pântano em que se havia transformado a vida política de Vila Real de Santo António agitaram-se. A oposição ganhou alento e as pessoas perceberam que a sua voz poderia ser ouvida. Aos poucos, apesar das ameaças abjetas e das tentativas vãs de condicionar os que com coragem se atrevem a manifestar o seu pensamento, cada vez mais um maior número de cidadãos se exprime fazendo ouvir as suas razões. Não é por acaso que o Largo da Forca recebe tantas queixas de pessoas que antes se calavam, falando das arbitrariedades de que são vítimas por desadequada aplicação das normas que deviam atingir todos por igual ou por falta de critérios claros e justos ou pelo mau funcionamento generalizado da frágil estrutura camarária, aparentemente por desorganização e incapacidade de fazer melhor por falta de recursos financeiros desbaratados antecipada e irresponsavelmente.

Sem falsas modéstias, pela frequência e pelo tipo de queixas que até nós chegam, a população encara o Largo da Forca como se fosse um Provedor a quem recorre na esperança de lhes ser feita justiça e de ser corrigido o que está mal.

De facto, até parece que o Largo da Forca de alguma forma veio abrir a Caixa de Pandora da qual saíram os males escondidos de que enfermava este pobre município arruinado pela ação de algumas pessoas que a todo o custo tentam manter-se no poder. Sendo provável que o fazem para desesperadamente tentarem adiar a inevitável responsabilização pelo triste destino imposto ao nosso concelho. Quando falamos de males escondidos, referimo-nos à dívida escandalosa que hipoteca o nosso futuro e o dos nossos filhos, referimo-nos às ilegalidades cometidas por não se respeitarem as regras da contratação pública como diz o FAM no seu relatório, referimo-nos às opções despesistas e eleitoralistas num contexto financeiro grave que mais agravaram a situação, referimo-nos às taxas e impostos aplicados pela tabela máxima, referimo-nos à arrogância e desprezo com que a oposição é tratada, referimo-nos à sonsice de alguns, referimo-nos às ameaças veladas e às explicitas.

A caixa de Pandora foi aberta dando a conhecer à população os males de que o Município padece, no entanto, tal como no mito original, resta a esperança que ficou retida no interior da caixa para com ela arranjarmos alento para iniciar a inversão do mau caminho a que fomos levados.

Os responsáveis por toda esta situação, com a sua ação desesperada tentam a todo o transe impedir que isso aconteça. Pretendem evitar que a esperança saia da caixa e que chegue ao alcance de quem tem o poder de os responsabilizar.

Eles têm essa pretensa esperança!

No entanto, a verdadeira esperança é nossa, não é deles!

Por muito que tentem!