ATRAIR EMPRESAS


Um dos maiores desastres que podem ser atribuídos à atual liderança camarária, considerando-a como sendo a que há 13 anos lidera de forma autocrática os destinos da autarquia é a decadência empresarial do concelho. Em treze anos e depois de terem levado o concelho à ruína financeira e social não há registo de uma empresa de nome que se tenha instalado no concelho.

A última vez que a Dra. Conceição usou este argumento referia-se à empresa proprietária do “bar de sonho da Praia dos Três Pauzinhos”, uma empresa com sede em Isla Antillha, que tem um capital social de três mil euros. Isto é, a autarquia vai investir um quarto de milhão para dinamizar a economia local com uma empresa que está escondida do outro lado do rio e tem um capital equivalente a cinco salários mínimos.

Num tempo em que o país aposta na Web Summit, quando Olhão consegue um pólo da Altice labs, em Vila Real de Santo António chama-se dinamismo empresarial a empresas com capitais miseráveis e que pertencem a desconhecidos, para não referir a empresa denunciada pelos Panama Papers que ia construir um hotel junto ao rio.

A verdade é que o concelho não atrai nenhuma empresa digna desse nome porque não cria um ambiente favorável às empresas, um ambiente que inspire confiança e tranquilidade. Pior ainda, ao favorecer o empobrecimento forçando muitos jovens qualificados a abandonar a concelho porque não tem emprego ou não o quer num quadro de favorecimento político afasta-se definitivamente qualquer possibilidade de progresso.

Uma autarquia arruinada e mal gerida, condicionada por interesses locais que buscam o favorecimento, alimentada por uma seita de subsidio-dependentes e onde os funcionários aparecem em público a fazer de guarda pretoriana não tem condições para atrair empresas sérias.