PORQUÊ A ALTICE ESCOLHEU OLHÃO EM VEZ DE VRSA?




Quando reparámos na notícia colocada pelo Sr. Messias Carvalho no VRSA+Livre, dando conta de que a ALTICE tinha escolhido Olhão para abrir em Olhão um pólo da ALTICE LABS, quase nos apeteceu brincar pois em VRSA não faltam aprendizes de hacker especializados na chantagem sobre as vozes críticas, políticos especialistas em criar rebanhos de perfis no Facebook ou jovens ocupados a vigiar o Facebook dos cidadãos para saberem o que cada um pensa.

Mas o problema talvez seja um pouco mais sério e apesar de todo estes artesãos do bairro da lata informático que se instalou em VRSA, só comparável em qualidade com o nosso grande Centro Comercial do apeadeiro, VRSA perde competitividade em relação a todos os concelhos vizinhos. Enquanto os outros concelhos apostaram na qualificação aqui aposta-se na dependência, enquanto os outros promovem empregos sérios por aqui promove-se a subsidio dependência.

Poder-se-ia dizer que é uma questão de dinheiro, que o concelho está falido e arruinado, mas mesmo falido e arruinado o município vai gastar um quatro de milhão para promover os lucros do Sem Espinhas, o patrão do Luís Gomes na Praia do Cabeço. É bem provável que as contrapartidas do Município de Olhão à ALTICE tenham custado menos aos contribuintes de Olhão do que nos vai custar o bar de sonho do Luís Romão.

Mas quando alguém os questionam ainda têm a distinta lata de acusar os opositores de serem contra o dinamismo empresarial. Chamam eles de dinamismo empresarial a promoção de empresas que constam da lista de devedores ao fisco, empresas em capital e com donos desconhecidos. Para não falar de grande projectos como o Dubai do Guadiana, o grande hotel da Muralha e outras pantominices com que o Luís Gomes enganou todo um concelho.

Não foi a ALTICE que escolheu Olhão, foi Olhão que escolheu a ALTICE, enquanto em Vila Real de Santo António se escolheu o lixo. Querem que vos digamos porque é que alguns políticos preferem certo tipo de empresas a empresas sérias?

Há os que querem negociar com empresas sérias em vez de preferirem os trafulhas, as empresas sem capital inventadas do outro lado da fronteiras, os capitalistas dos Panama Papers. Mas os que querem o desenvolvimento dos seus concelho optam por atrair empresas sérias. Enfim, mais uma vez a velha Lei de Gresham "a má moeda afasta a boa moeda", quem opta pelas empresas trafulhas não pode esperar por empresas sérias, tal como entre pessoas também entre empresas se aplica o velho ditado "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és".