Pela forma como os responsáveis da autarquia se referem à situação financeira fica-se com a impressão de que ocorreu uma qualquer calamidade, que conduziu à difícil situação financeira e é perante esta situação os partidos da oposição não querem ajudar a autarquia a superar esta situação.
Estamos perante três mentiras políticas, não se tratou de
qualquer calamidade, a situação não é transitória ou superável a curto prazo e
não é necessária a ajuda da oposição.
A situação de que se vive resulta do incumprimento dos
compromissos assumidos com o FAM, incumprimento decidido por quem queria ganhar
as eleições a qualquer custo. A autarquia não só ignorou os compromissos
durante 2017, como projetou uma política irresponsável para 2018, sabendo das
dificuldades ainda tomaram decisões suicidas como a descida do IMI. Perante o
descalabro financeiro a autarquia pediu a revisão do Programa de Assistência
Municipal, sem disso ter dado anteconhecimento à população, mantendo os órgãos
autárquicos na ignorância.
O discurso da superação da situação é uma mentira, a autarca
pediu a revisão do Programa de Assistência Municipal e isso vai significar que o
programa de austeridade vai endurecer e passar de 20 para 30 anos. Como se pode
falar em superação de uma situação que em consequência de uma estratégia
eleitoral vai significar mais uma década de intervenção do FAM? A autarca já
chegou a declarar em Assembleia Municipal que soube ganhar as eleições, agora os seus
concidadãos estão a perceber o preço que vão pagar pela sua sabedoria
eleitoralista.
Não vale a pena pedir ajudas à oposição, as medidas que
estão sendo implementadas pela autarquia nem sequer são iniciativa da maioria,
aliás, a desautorização do município chegou ao ponto de o FAM ter exigido um
interlocutor na autarquia, desautorizando a presidente da autarquia. Todas as medidas resultam da chantagem do FAM que as impôs como condição para poder avaliar uma eventual revisão do PAM. Neste quadro falar da ajuda da oposição é uma falácia.