UM DIÁLOGO INTERESSANTE




No seu Facebook o Sr. Carlos Branco, cidadão de VRSA, questionou diretamente a autarca sobre a privatização das águas e a eventualidade de um aumento dos preços, as relações entre a autarquia e a empresa concessionária da recolha de lixo, a venda dos bairros sociais e os cortes das ajudas de custo. Muito bem, a autarca responde prontamente.

Mas estando em causa questões do interesse de todos os munícipes a autarca prefere explicações pessoais. O cidadão responde com algo que uma autarca não poderia ignorar, que é na Assembleia Municipal que os cidadãos colocam as suas dúvidas e são esclarecidos. A presidente insiste na conversa pessoal, mas o munícipe insiste na AM. Pior, desmonta alguns dos argumentos usados pela autarca para fazer esquecer que esta e a equipa do Luís Gomes são a mesma.

O cidadão insiste na assembleia sendo que "tenha coragem e explique ... na assembleia se a minha saúde permitir irei estar sim... e não vou meiguinho". A presidente ignora que é na assembleia que o cidadão vai querer estar presente, e insiste num encontro particular.

Não sabemos quantos encontros particulares pretende fazer a presidente, mas a crer pela forma como cumpriu com o compromisso com um cidadão portador de deficiência poderemos esperar pelo terceiro mandato. Aliás, o Sr. Alberto Cabrita, o cidadão a quem a autarca prometeu durante o mês de agosto responder ao seu desafio de ir para a praia em cadeira de rodas, entrou na conversa para explicar o quanto vale a palavra da presidente da autarquia.

às uns tempos atrás e referindo-se às redes sociais um deputado municipal da maioria de Carlos Barros e São Cabrita, homem que no passado tinha sido um próximo de António Murta, queixava-se das redes sociais e dizia que o debate era na Assembleia Municipal que se fazia o debate político. Uma forma democrática de dizer que a política é para os políticos, sugerindo aos cidadãos que se limitem a ir à Assembleia.

Agora que um cidadão quer ir à Assembleia Municipal eis que a presidente acha que o esclarecimento da população deve ser feito no seu gabinete, só para alguns e sem ninguém a ouvir.

Por fim, vale a pena referir o que o cidadão escreve no penúltimo parágrafo: "O bar dos 3 pauzinhos e em alvenaria porque?? E uma zona protegida". Estamos perante uma suspeita de irregularidade que a autarca não pode ignorar, depois de ter lido e comentado o post. Face à suspeita de uma eventual violação das normas em matéria de construção só resta à autarca ordenar uma fiscalização rigorosa ao edifício para se assegurar de que no mesmo não foi usada alvenaria.