O MODELO ECONÓMICO DA BAZÓFIA




O bar de sonho do vice-presidente Luís Romão

A autarquia tem feito passar a ideia de que promove o dinamismo económico usando este argumento para Responder a todas as questões que lhe são dirigidas pela oposição. Parece que atrair empresas é um valor absoluto, o mesmo sucedendo em relação a alguns empresários com o argumento da “criação de emprego”.

A verdade é que depois de quase uma década e meia deste modelo, para não referir os mandatos anteriores que nesta perspectiva foram muito semelhantes, o concelho de Vila Real de Santo António não traiu empresas dignas desse nome. Uma boa parte do emprego e dinamismo empresarial deveu-se a empresas e empresários que não devem favores camarários.

O último paradigmático deste modelo é o já famoso bar dos Três Pauzinhos, que o vice-presidente da autarquia designou como o seu sonho. Pertence a uma empresa escondida na Isla Antilla, que tem um capital de 3.000€ e tem em VRSA um representante fiscal. Em compensação a autarquia falida vai investir um quarto de milhão de euros em infra-estruturas para viabilizar o seu funcionamento!

Isto é, uma câmara sem recursos gasta o pouco que tem para viabilizar um bar de praia cujo dono anda meio escondido, não se percebendo muito bem como uma empresa com 3.000€ movimenta o dinheiro necessário para a construção e funcionamento. Se para assegurar meia dúzia de empregos com salários baixos durante dois ou três meses do ano a autarquia gasta 250.000€ num momento em que está literalmente falida, chama a isto dinamismo económico e acusa a oposição de querer travar o progressos é porque já estamos quase no domínio da loucura.

A dupla forma pelo Luís Gomes e pela São, o antes era Luís e agora é São, esbanjaram centenas de milhares de euros em grandes projectos, prometeram fundos e mundos e esgotados os recursos, o crédito e vendidos o anéis não trouxeram uma única empresa digna desse nome. Tudo foi um flop e agora o grande acontecimento será a abertura de um pequeno hotel economicamente inviável, mesmo com os enxertos da Alfândega, do Don Jota e, muito provavelmente, com uma concessão na praia.

Tudo isto é a prova de que o modelo da fanfarronice e da bazófia dos grandes empreendimentos não passa de eleitoralismo para tolos e que ao fim de quase década e meia enquanto VRSA viveu de mentiras perdeu competitividade em relação aos concelhos vizinhos. Enquanto os outros atraem empresas e projectos viáveis, VRSA anunciou mentiras e vendeu ilusões.