CRIAR A ZONA PROTEGIDA DAS DUNAS E PINHAL DE VRSA



O estado de abandono e degradação do pinhal e dunas do concelho de Vila Real de Santo António, uma faixa que vai da Ponta da Areia às Casas da Audiência estão num tal estado de degradação que urge uma intervenção urgente e adoção de medidas de proteção, sob pena de um dia nada restar ou de um incêndio queimar aquela imensa pilha de madeira abandonada, o que muito boa gente desejaria que sucedesse.

A mata está muito ressequida, com mais clareiras, cada vez mais ocupada por espécies invasoras como acácias e as piteiras, com a biodiversidade a diminuir a olhos vistos. Aquele que era um património ambiental de grande importância e que podia ser valorizado como enquadramento de projetos turísticos de qualidade, tem estado ao Deus dará, sendo cobiçado por muitos interesses, ao ponto do Luís Gomes e da sua vice terem esboçado uma tentativa ridícula de apropriação, recorrendo ao truque do usucapião

É ridículo que se tenha gasto uma fortuna com um passadiço desnecessário, que vai criar uma zona de dunas tendo como linha do horizonte uma espécie de linha de pombais tapando totalmente a vista do mar, substituindo as luzes dos barcos pelas lâmpadas com energia da EDP, não se gastando um tostão num pinhal abandonado e que agoniza e uma linha de dunas cada vez mais destruída, à beira das quais são colocados os caixotes do lixo.

Eliminados os terrenos agrícolas da Hortas , destruída a zona de areal limítrofe ao sapal, resta ao concelho ao terrenos agrícolas de Cacela e a mata. Como os terrenos de Cacela, assim como os poucos que resta das Hortas, são privados, a gulodice vira-se para  a mata, o grande tesouro que muitos gostariam de jogar mão. A forma de o conseguir é destruindo-o aos poucos pelo abandono, até que alguém lhe dê o golpe de misericórdia ateando-lhe fogo.

É urgente que esta mata e a zona de dunas sejam consideradas zonas de reserva ambiental, pondo um fim definitivo a quaisquer gulodices imobiliárias. Num concelho falido e arruinado não faltarão os que sugiram que a salvação e solução para mais um ciclo de dinheiro mal gasto está na mata, na sua apropriação pelo concelho para posterior venda ao setor do imobiliário. Um dia destes deixaremos aos descendentes apenas dívidas e pedras da calçada, e estas são na maior parte propriedade da ESSE.

É urgente que o Estado invista na recuperação da mata reflorestando e eliminando os espécimes das espécies invasoras, designadamente as piteiras e as acácia, bem como na proteção das dunas, delimitando e vedando uma área de proteção junto à praia e promovendo informação de sensibilização para a necessidade de as proteger.


Aditamento:

Esclarece-nos o Bruno JCC que a nossa "Mata" é uma mata nacional, remetendo-nos para as páginas do Instituto Nacional de Conservação da Natureza e Florestas relativa às zonas protegidas e às matas nacionais.  São situações com níveis de proteção diferentes como se deduz da explicação do INCNF.

Preferiríamos um nível de proteção maior e, mais ainda do que isso, a recuperação das matas e a proteção das dunas, já que a mata está ao abandono e em processo de degradação acelerado. Além disso, note-se no pormenor da informação relativa à "Mata Nacional das Duas de Monte Gordo" constante na página do INCNF, refere apenas 10 ha e o mapa da descrição está, no mínimo, desactualizado.