Quando o comércio com os nossos vizinhos explodiu, muito graças à abertura das fronteiras que se seguiu ao 25 de Abril, multiplicaram-se as casas de atoalhados e outros produtos procurados pelos nossos vizinhos. A tendência foi para vender produtos baratos e de baixa qualidade apenas duas casas se mantiveram num perfil superior, a Marice e a Caravela.
No caso particular da Caravela houve uma aposta de produtos da mais alta qualidade, ali podiam ser adquiridos serviços de porcelana da Vista Alegre ou os cristais da Atlantis, era mesmo possível encontrar peças de porcelana, como as aves, que ainda hoje é difícil de encontrar à venda fora das lojas da marca. Não admira que passados muitos anos a maioria das outras casas não sobreviveram.
A Casa Caravela é o melhor exemplo que acabou por se transformar num grupo dinâmico e competitivo num mercado que tende a ser global e onde enfrenta a concorrência de multinacionais.
Quanto mais baixo for o perfil de um produto mais baixo será o valor acrescentado, poderá ganhar-se dinheiro fácil mas a médio e longo prazo ou se evolui para produtos com maior valor acrescentado ou o mais provável será ver as empresas morrerem sem serem capazes de se renovar. Já tínhamos visto isso em muitos setores e voltámos a ver com o negócio fronteiriço. O negócio fácil pode criar a ilusão do lucro fácil, mas é o que gera menos riqueza, o que menos qualifica os seus colaboradores e o que torna menos competitivas as empresas.
Quando se vende mais valor acrescentado , o que se consegue com bens ou serviços com maior nível de sofisticação, com maior complexidade e produzidos com maiores exigências de qualificação e de tecnologias entra-se num mercado mais restrito, com menos concorrência, com bens e serviços mais personalizados. Neste mercado a concorrer-se com empresas mais sérias, as margens são superiores, a confiança do sistema financeiro é maior e a capacidade de investimento aumenta.
Isto tanto é verdade para os atoalhadados, como o é para as conservas, as refeições, os hotéis ou qualquer outro ramo de negócio. Quando um concelho vende barato os seus recursos naturais sob a forma de uma oferta turística barata e de baixa qualidade, fica mais exposta às crises, consegue menos lucros, cria menos empregos de qualidade e gera menos riqueza para distribuir.
É preciso repensar o modelo de desenvolvimento de Vila Real de Santo António e, em particular, a forma como se cria oferta turística, sob pena de um dia ser tarde demais para corrigir os muitos erros do passado.
No caso particular da Caravela houve uma aposta de produtos da mais alta qualidade, ali podiam ser adquiridos serviços de porcelana da Vista Alegre ou os cristais da Atlantis, era mesmo possível encontrar peças de porcelana, como as aves, que ainda hoje é difícil de encontrar à venda fora das lojas da marca. Não admira que passados muitos anos a maioria das outras casas não sobreviveram.
A Casa Caravela é o melhor exemplo que acabou por se transformar num grupo dinâmico e competitivo num mercado que tende a ser global e onde enfrenta a concorrência de multinacionais.
Quanto mais baixo for o perfil de um produto mais baixo será o valor acrescentado, poderá ganhar-se dinheiro fácil mas a médio e longo prazo ou se evolui para produtos com maior valor acrescentado ou o mais provável será ver as empresas morrerem sem serem capazes de se renovar. Já tínhamos visto isso em muitos setores e voltámos a ver com o negócio fronteiriço. O negócio fácil pode criar a ilusão do lucro fácil, mas é o que gera menos riqueza, o que menos qualifica os seus colaboradores e o que torna menos competitivas as empresas.
Quando se vende mais valor acrescentado , o que se consegue com bens ou serviços com maior nível de sofisticação, com maior complexidade e produzidos com maiores exigências de qualificação e de tecnologias entra-se num mercado mais restrito, com menos concorrência, com bens e serviços mais personalizados. Neste mercado a concorrer-se com empresas mais sérias, as margens são superiores, a confiança do sistema financeiro é maior e a capacidade de investimento aumenta.
Isto tanto é verdade para os atoalhadados, como o é para as conservas, as refeições, os hotéis ou qualquer outro ramo de negócio. Quando um concelho vende barato os seus recursos naturais sob a forma de uma oferta turística barata e de baixa qualidade, fica mais exposta às crises, consegue menos lucros, cria menos empregos de qualidade e gera menos riqueza para distribuir.
É preciso repensar o modelo de desenvolvimento de Vila Real de Santo António e, em particular, a forma como se cria oferta turística, sob pena de um dia ser tarde demais para corrigir os muitos erros do passado.