SERÃO LOUCOS OU APENAS IRRESPONSÁVEIS?




A Nave dos Loucos a caminho do País dos Tolos
(gravura em madeira de 1549)

A CM está literalmente falída, já estava endividada, depois arruinada e agora falida, só falta um sopro para que tudo se desmorone. Isso é mais do que óbvio no relatório do FAM, a autarquia vivia a balões de oxigénio, mas o Luís e a Conceição não resistiram de consumir o que restava da garrafa do oxigénio de forma irresponsável, para terem a certeza de que a Conceição ganharia as eleições.

A SGU é uma ficção empresarial que apenas serve para se fazer com a opacidade de uma suposta gestão privada o que não se pode fazer numa autarquia mesmo cheia de paredes opacas. A SGU é um peso morto nas contas da autarquia, já não faz sentido, mas para que o leitor do Expresso que se arma em conselheiro político e acompanhante de velhinhos ao médico e outros apoiantes do regime possam ganhar à conta dos contribuintes, ganhando muito mais do que pagam os impostos que lhes dão de comer, mantém-se esta mentira financeira, até que um dia acabe por falir com estrondo e consequências nefastas.

Mas quem está agarrado desesperadamente ao poder e tenta sobreviver com os dedos e com os anéis tudo faz não só para se manter no poder, mas também para manter esses alicerces. É óbvio que há muitos que deviam ter sido cortadas as avenças. As alcavalas, as benesses da Mão Amiga, a SGU e outros excessos. Mas isso implicaria destruir os alicerces de um poder mantido por muitas dezenas de comensais, desde empresários beneficiados a avençados, passando pelos “políticos” da treta, armados em consultores, mantidos na SGU.

Estamos perante loucura, dir-se-ia mesmo face a um caso de insanidade política, não se corta um tostão nas gorduras e corta-se na proteína, em vez de acabarem com os excessos e nos abusos cortam no apoio aos jovens, em vez de deixarem de pagar fortunas ao Morais Sarmento andam a cortar onde podem desde que não seja nos amigos avençados. Julga que mantendo o poder conseguem esconder eternamente o que se passou e se passa dos olhos dos vila-realenses, estão estupidamente convencidos de que sobrevivem contra tudo e contra todos. Reagem como se estivessem assustados, fogem em frente como se estivessem desorientados pelo pânico.

Pediram que a austeridade do FAM passasse de 20 para 30 anos, ignoraram as exigências do relatório do FAM, a vergonha é tanta que aquele relatório denuncia a violação sistemática de leis básicas da realização de despesas públicas. Mesmo assim, em vez de se demitirem dando lugar a uma equipa competente, tentam sobreviver à custa do futuro do concelho.

Ainda não perceberam que já morreram e apenas lá estão porque alguém se esqueceu de encomendar o funeral. Poderão aguentar um mês, dois meses, poderão até e por incrível que isso seja levar o mandato até ao fim, mas serão derrotados, se não forem derrotados pela realidade serão derrotados pela lei, se não forem derrotados pela lei acabarão por ser corridos pelos vila-realenses.