Agora que o atual PSD/VRSA lidera o município
ininterruptamente há já 13 anos há uma pergunta que se impõe: o concelho de Vila
Real de Santo António está melhor?
A resposta a esta pergunta pressupõe, antes de mais, uma
definição de critérios de avaliação, para o que se propõe critérios se a
criação de empregos, a melhoria dos indicadores de qualidade de vida, a
melhoria do rendimento médio dos cidadãos, a eliminação da pobreza, a melhoria
do acesso à habitação, o crescimento económico.
Passada a fase da bazófia e da propaganda, com o concelho a
cair na realidade da falência financeira, é hoje óbvio que pouco ou nada está
melhor do que estava há dez anos. Ao fim de quase década e meia não há uma
empresa de nome que se tenha instalado no concelho, a qualidade dos serviços de
saúde não melhoraram, o concelho está abandonado pelo poder central, sinal da
sua perda de influência. Se olharmos para a região VRSA é o concelho que menos
melhorou ou, pior ainda, enquanto Castro Marim e Tavira dão sinais de
progresso, o nosso concelho regrediu.
Para um executivo que não se cansava de assinar protocolos
de desenvolvimento e que quase todos os dias acusa a oposição de ser contra o
dinamismo económico, a situação é deprimente. O bar do Caramelo, nos Três
Pauzinhos, é um bom exemplo, de todas as promessas em relação à frente
ribeirinha, que iam da doca àquela zona da praia, restou aquele bar, sem energia,
sem água corrente e sem retretes!
Ao fim de treze anos aguarda-se a abertura de um hotel com trinta
camas, cuja recuperação foi feita à custa de fundos públicos e que depois de tantas
promessas e facilidades, ainda está por abrir. Da pousada da Praça Marquês de Pombal
foi anunciado o início das obras. Isto é, esta década deverá ter sido a de
menor investimento no setor do turismo. Se a isso acrescentarmos a decadência
de alguns setores económicos, é bem provável que esta tenha sido uma das piores
décadas da economia do concelho.
Esgotados os recursos e sem dinheiro para bazófias e idas a
Cuba o concelho ficou reduzido às suas capacidades no plano da intervenção
social. Se neste momento a realidade é a mesma daquela que existia antes da
falsa fartura, com as consequências da austeridade imposta pela falta de recursos
é bem provável que se agrave.
Por fim, é óbvio que o rendimento médio dos vila-realenses
deverá ter baixado ao longo desta década, já que em o pouco emprego criado
foram os financiados com subsídios sociais, pelo que o rendimento médio tenderá
a baixar, com salários mais baixos, desemprego e aumento da idade da população.
Por outro lado, os custos da habitação, da energia e da alimentação aumentaram,
agravados pela inflação provocada pela procura turística.
O concelho está mais pobre, os vila-realenses têm
menos rendimentos e a autarquia está falida, é este o resultado de 13 anos de
loucura, incompetência e despotismo esclarecido