Todas as regiões têm a sua forma de cozinhar, resultado de culturas, tradições e recursos. Nesse capítulo o concelho de Vila Real de Santo António é um dos mais ricos do país, referimo-nos ao concelho porque se a sua sede tem uma imensa riqueza gastronómica, esta é ampliada pela diversidade que lhe é trazida pelas restantes freguesias e, em particular, pela sua área serrana.
Não é por acaso que o concelho é rico em património gastronómico, resultou de um imenso caldo de culturas, de uma mistura de tradições que muito provavelmente são anteriores à sua fundação, já que no passado a antigo Monte Gordo e Santo António de Arenilha já eram duas localidades caracterizadas por uma mistura de povos.
Apesar desta imensa riqueza tal nunca foi devidamente vertido nos seus restaurantes, ainda que ao longo da nossa história recente tenhamos tido algumas casas que fizeram história e que hoje ainda são recordados por muitos que visitaram Vila Real de Santo António, com destaque para o Joaquim Gomes. Mas não poderemos ignorar as nossas “vendas” a espinheta de atum que era servida no Zé Russo, as favas com chouriço da 'Porta Larga', os mormos de atum no forno ou o cozido que era servido aos domingos nas antigas 'Caves do Guadiana', o bife de atum do 'Pisa Canitos', hoje com nome modernizado mas com um choco frito que merece a visita.
Do carapau alimado às favas com chouriço, dos choquinhos com tinta à espinheta de atum em tomate, o concelho deu uma grande variedade de pratos típicos à gastronomia nacional, que infelizmente tem-se vindo a perder, muito por força do lucro fácil gerado pelo fast food, que ou se substitui à nossa cultura gastronómica e a elimina ou a altera para engano dos turistas.
Num pequeno concelho esta grande gastronomia merecia ser melhor tratada, melhor divulgada e dignificada com iniciativas de dimensão cultural. Isso já sucedeu no passado em relação ao atum, tendo ficado na memória algumas iniciativas promovidas no quadro da criação da Confraria do Atum. Mas a nossa cultura gastronómica merece hoje um impulso coletivo e abertos a todos os sabores e formas de pensar, transformando-a num produto de luxo capaz de atrair um turismo que quer mais do que a refeição barata servida no Pingo Doce.
Temos um património gastronómico valioso não só numa perspetiva cultural, mas também económica. Merece ser bem tratado e divulgado de forma aberta e com inteligência e competência. Este é um ponto onde as autarquias têm um papel importante, desde que sirvam a cultura e a economia local em vez de se servirem dela, reduzindo os nossos pratos a armas de arremesso político.
Não é por acaso que o concelho é rico em património gastronómico, resultou de um imenso caldo de culturas, de uma mistura de tradições que muito provavelmente são anteriores à sua fundação, já que no passado a antigo Monte Gordo e Santo António de Arenilha já eram duas localidades caracterizadas por uma mistura de povos.
Apesar desta imensa riqueza tal nunca foi devidamente vertido nos seus restaurantes, ainda que ao longo da nossa história recente tenhamos tido algumas casas que fizeram história e que hoje ainda são recordados por muitos que visitaram Vila Real de Santo António, com destaque para o Joaquim Gomes. Mas não poderemos ignorar as nossas “vendas” a espinheta de atum que era servida no Zé Russo, as favas com chouriço da 'Porta Larga', os mormos de atum no forno ou o cozido que era servido aos domingos nas antigas 'Caves do Guadiana', o bife de atum do 'Pisa Canitos', hoje com nome modernizado mas com um choco frito que merece a visita.
Do carapau alimado às favas com chouriço, dos choquinhos com tinta à espinheta de atum em tomate, o concelho deu uma grande variedade de pratos típicos à gastronomia nacional, que infelizmente tem-se vindo a perder, muito por força do lucro fácil gerado pelo fast food, que ou se substitui à nossa cultura gastronómica e a elimina ou a altera para engano dos turistas.
Num pequeno concelho esta grande gastronomia merecia ser melhor tratada, melhor divulgada e dignificada com iniciativas de dimensão cultural. Isso já sucedeu no passado em relação ao atum, tendo ficado na memória algumas iniciativas promovidas no quadro da criação da Confraria do Atum. Mas a nossa cultura gastronómica merece hoje um impulso coletivo e abertos a todos os sabores e formas de pensar, transformando-a num produto de luxo capaz de atrair um turismo que quer mais do que a refeição barata servida no Pingo Doce.
Temos um património gastronómico valioso não só numa perspetiva cultural, mas também económica. Merece ser bem tratado e divulgado de forma aberta e com inteligência e competência. Este é um ponto onde as autarquias têm um papel importante, desde que sirvam a cultura e a economia local em vez de se servirem dela, reduzindo os nossos pratos a armas de arremesso político.